Menino sofre ataque de tubarão na Flórida e tem perna amputada

Jameson Reeder Jr., de apenas 10 anos, teve parte de sua perna amputada depois de ser atacado por um tubarão durante um mergulho em Florida Keys, no último fim de semana. Ele foi mordido no sábado (12) e a ajuda chegou ao recife de Looe Key por volta das 16:30, como foi informado pela Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida.

O menino estava de férias e sofreu o ataque enquanto mergulhava em um recife raso. “Ele levou um golpe esmagador abaixo do joelho”, relatou seu tio Joshua Reeder no Facebook, acreditando que o ataque foi de um tubarão-touro. Ele se agarrou em um macarrão enquanto a família o resgatava de volta para o barco e logo foi feito um torniquete acima da mordida para diminuir o sangramento.

“Enquanto ele gritava e gritava por ajuda enquanto milagrosamente flutuava em um macarrão, meu irmão Jameson reuniu sua família no barco e correu para resgatar seu filho. Eles viram Jameson Jr segurando sua preciosa vida e pularam para colocá-lo no barco”, disse Reeder.

Um barco próximo, mais rápido, ajudou a família durante o resgate até a praia onde os paramédicos já esperavam.  Em seguida, um helicóptero levou Jameson para um hospital infantil em Miami.

“Eles tiveram que amputar logo abaixo do joelho para salvar sua vida, pois não era operável pelos danos que o tubarão havia causado”, detalhou o tio.

Ataques chamados de “identidade equivocada” de tubarões ocorrem em grande escala dos Estados Unidos. Por conta da baixa visibilidade da água, tubarões podem se confundir quando humanos nadam próximo a grandes cardumes de presas, explicou Robert Hueter, cientista-chefe da Organização de Dados de Tubarões (OCEARCH).

“As pessoas são mordidas, mas raramente são consumidas, e isso nos diz que não estamos no menu do tubarão”, afirmou Christopher Lowe, diretor do Shark Lab da California State University Long Beach.

Os pesquisadores estão investigando os fatores podem estar impulsionando os ataques de tubarões em uma parte diferente dos EUA – o nordeste. Acreditam que com aumento da temperatura do mar, o que empurra os peixes que os tubarões comem mais ao norte, os ataques estejam mais presentes. No local também há equipes de conservação que aumentam o número de peixes-isca.

Ano passado, 73 ataques não provocados foram confirmados em todo o mundo, 47 deles foram relatados nos Estados Unidos e 28 só na Flórida. A maioria acontece na costa atlântica do estado. Hueter atribuiu isso à proximidade da Corrente do Golfo com a costa, com ondas significativas, congestionamento de surfistas e nadadores e os grandes cardumes de tubarões na área.