Primeira morte por varíola dos macacos foi confirmada no Brasil; óbito foi em Minas

Nessa sexta-feira (29), o Brasil confirmou a primeira morte por varíola dos macacos. Tratava-se de um paciente oncológico e de baixa imunidade, internado em um hospital em Belo Horizonte. A vítima era homem e tinha 41 anos, natural de Pará de Minas, região central do estado.  Ele foi transferido para o CTI, mas não resistiu às complicações da doença. “A causa de óbito (28/07) foi choque séptico, agravada pelo Monkeypox”, segundo a pasta.

Segundo o Instituto Butantan, a transmissão da varíola dos macacos se dá por contato com gotículas expelidas pelo infectado (humano ou animal), contato com as lesões na pele causadas pela doença ou material contaminado como roupas de lençóis. O período de incubação é, geralmente, de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21. Entre os sintomas está febre, dor de cabeça, fadiga, lesões na pele e inflamação de linfonodos. Casos mais graves podem ocorrer especialmente entre crianças e pessoas com baixa imunidade, segundo a OMS. Entre os  sintomas estão infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão.

Dos 978 casos confirmados no Brasil, 44 casos foram notificados no estado de Minas Gerais. Todos são homens com idade entre 22 e 48 anos. Dois seguiam isolados no hospital, mas estáveis e com boas condições clínicas, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A contaminação foi registrada em 15 Estados e no Distrito Federal, com seu maior número em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com dados do portal Our World In Data, há mais de 18 mil casos confirmados de Monkeypox no mundo, espalhados em 78 países.