EUA aumentam taxas de juros pela 6ª vez consecutiva

Nesta quarta (2), o Federal Reserve (Fed), anunciou um novo aumento da taxa de juros em 0,75 ponto percentual, saindo de 3,75% para 4% ao ano e chegando ao maior patamar desde dezembro 2007.

Este é o sexto reajuste seguido e o quarto consecutivo com a mesma intensidade. A alta já era esperada pelo mercado como uma ofensiva do Banco Central Americano para tentar controlar a inflação. Segundo a plataforma CME Fedwatch, cerca de 90% dos investidores apostavam em um aumento de 0,75 p.p., enquanto o restante mantinha a expectativa menor, de 0,50 p.p.

“A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços de energia e pressões de preços mais amplas”, afirmou o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc).

“A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas, criando uma pressão adicional sobre a inflação e pesando sobre a atividade econômica mundial. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários”, acrescentou.

Ou seja, como a inflação permanece elevada, tornar o crédito mais caro é uma tentativa de frear o aumento dos preços. Segundo Jerome Powell, presidente da Fed, “deixar a inflação galopante (hiperinflação) seria ainda mais prejudicial para a prosperidade americana.” Ainda acrescentou que o desemprego está no seu nível mais baixo em 50 anos, com isso, há previsão de aumentar ainda mais as taxas de juros até fim do ano.