Justiça

Brasileira recebe apoio jurídico de Elon Musk após mandado de prisão emitido por Alexandre de Morais

today21 de outubro de 2025 10

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Flávia Magalhães, brasileira naturalizada norte-americana, afirmou ter recebido assistência jurídica financiada pelo empresário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), após se tornar alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no contexto das investigações sobre as chamadas “milícias digitais”.

Segundo Flávia, representantes de Musk a convidaram para uma reunião em Washington, onde lhe foi oferecida defesa legal gratuita. “A equipe do Elon Musk entrou em contato comigo, pediu que eu fosse a Washington e colocou uma bancada de advogados à minha disposição. Não vou pagar nada. Eles me defendendo”, declarou em entrevista ao Jornal da Oeste em 19 de setembro.

Residente na Flórida há 23 anos, Flávia é cidadã norte-americana desde 2012. Ela afirmou estar impedida de retornar ao Brasil desde 2024, após ter seu passaporte retido por determinação judicial. O advogado de defesa, Paulo Faria, afirmou não ter acesso aos autos do processo no STF. “Até hoje, meu advogado não sabe do que estou sendo acusada”, disse Flávia.

O caso ganhou repercussão internacional em junho de 2023, quando suas contas no X foram bloqueadas no Brasil por ordem de Moraes. Flávia afirmou ter descoberto a medida após receber mensagens de seguidores informando que o perfil estava indisponível no território brasileiro.

Em dezembro de 2023, durante viagem ao Recife, ela relata ter sido abordada pela Polícia Federal, que comunicou a retenção do passaporte sob suspeita de falsificação. “Nunca falsifiquei nada. Sou cidadã norte-americana, tenho toda documentação legal. Isso foi perseguição política”, declarou. Ela retornou aos Estados Unidos e descobriu que o mandado de prisão havia sido decretado em 8 de fevereiro de 2024. “Se tivesse voltado ao Brasil naquele mês, teria sido presa no aeroporto”, afirmou.

Flávia Magalhães disse nunca ter sido oficialmente notificada sobre as acusações. “Meu advogado não tem acesso aos autos. Não sabemos o que há no processo, nem qual é a acusação concreta”, declarou. Ela também negou qualquer vínculo com grupos políticos ou organizações investigadas pelo STF. “Colocaram-me como ‘foragida do 8 de janeiro’, mas nesse dia eu estava em um cruzeiro com amigos. Nunca usei tornozeleira eletrônica. Isso tudo é mentira”, afirmou.

O caso ganhou destaque nos Estados Unidos após o envolvimento direto de Musk e sua equipe jurídica na defesa de Flávia. Segundo ela, os advogados norte-americanos consideram sua situação um exemplo de abuso judicial e violação da liberdade de expressão. “Quando cheguei a Washington, me informaram que Musk estava custeando tudo. Disseram que era uma questão de liberdade de expressão e abuso de poder judicial”, contou.

Flávia também agradeceu o apoio de nomes ligados à direita brasileira, como Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo e Allan dos Santos, que ajudaram a levar o caso ao exterior. “Se não fossem eles, eu não teria voz. Eu estava banida do Brasil e ninguém me via”, afirmou. Ela destacou o contraste entre os dois países: “Minha liberdade de expressão foi garantida nos Estados Unidos, mas violada no Brasil. O país onde nasci me persegue. O país que me acolheu me protege.”

Escrito por Brazilian Times

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