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Um caso inusitado e dramático envolvendo um brasileiro natural de Divinópolis chegou ao conhecimento do Divinews com exclusividade. O homem, cuja identidade e a de sua família serão preservadas por segurança, foi preso e deportado dos Estados Unidos no momento em que comparecia a uma entrevista oficial para retirar o Green Card, documento que garantiria sua residência permanente no país.
Segundo relatou sua irmã, identificada pelas iniciais E.A.M., o divinopolitano acreditava estar próximo da regularização definitiva após anos de espera. “Ele recebeu uma carta para ir lá bater digital de novo e pegar o documento. Ele foi achando que ia pegar o Green Card, não que seria preso”, contou, emocionada.
O caso teve um desfecho inesperado. Mesmo após pagar cerca de US$ 100 mil a quatro advogados americanos e manter um processo ativo de regularização, o brasileiro foi detido durante a checagem digital. O motivo: ter ingressado anteriormente nos Estados Unidos pela fronteira com o México, fato que, sob as novas diretrizes migratórias do governo Trump, passou a ser motivo automático para prisão e deportação.
“Os governos anteriores perdoavam quem tinha entrado pelo México, mas o atual mudou a regra. Quando bate a digital e aparece que a pessoa passou por lá, é presa na hora”, explicou a irmã ao Divinews.
A deportação ocorreu de forma sumária. O homem, que vivia há mais de duas décadas nos EUA, com emprego estável e vínculos familiares, foi retornado ao Brasil sem bens pessoais, sem assistência consular e em condições precárias.
Em apenas seis dias após ser deportado, o divinopolitano decidiu retornar clandestinamente aos Estados Unidos, temendo pela segurança e pela falta de perspectivas no Brasil. De acordo com familiares, ele está novamente em solo americano, de forma irregular.
“Ele tem o sonho da América”, disse a irmã, relatando que o apego emocional ao país foi determinante para a decisão. “Ele gosta da América, eu vou colocar ele dentro da América”, afirmou, revelando que vendeu o que tinha e trocou todo o dinheiro por dólares para financiar a nova travessia.
Antes da deportação, o brasileiro permaneceu mais de dois meses detido em um centro de imigrantes. Durante o período, foi transferido repetidas vezes entre diferentes unidades prisionais — prática comum utilizada para impedir o contato com familiares e advogados.
Segundo o relato da irmã, o homem enfrentou condições degradantes, dormindo no chão com cobertores finos, em meio ao frio intenso e sob vigilância constante. “Ele perdeu peso, ficou abatido, sem conseguir falar com ninguém. Quando voltou, estava com o psicológico destruído”, contou E.A.M.
As informações relatadas coincidem com denúncias frequentes de violações em centros de detenção migratória nos Estados Unidos, especialmente sob a administração de Donald Trump, cuja política de imigração é marcada por prisões em massa e deportações sumárias.
“Uma armadilha legalizada”
Para a família, o caso representa uma traição do próprio sistema. O brasileiro acreditava estar em um procedimento oficial e seguro, mas acabou surpreendido e deportado. “Ele foi preso tentando o Green Card. Foi uma armadilha legalizada”, afirmou a irmã.
Ela também relatou a sensação de impotência diante do novo cenário político. “As regras mudaram sem aviso. Pessoas que estavam tentando se legalizar estão sendo punidas, como se tivessem cometido um crime grave.”
O episódio ilustra o endurecimento das políticas migratórias norte-americanas, especialmente contra imigrantes latino-americanos. Sob o governo Trump, qualquer registro de entrada irregular — mesmo antigo — passou a justificar detenção imediata e deportação, inclusive de pessoas com processos legais em andamento.
Para especialistas em imigração, casos como o do divinopolitano revelam um paradoxo cruel: mesmo quem tenta se legalizar pode ser surpreendido por um sistema que prioriza a punição à integração.
O brasileiro, agora novamente em situação irregular, segue vivendo nas sombras. Entre o medo e o desejo de recomeçar, mantém o mesmo sonho que o levou há mais de 20 anos ao norte: “viver na América”. (com informações: DiviNews)
Escrito por Brazilian Times
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