Rede de supermercados libera entrada de pessoas portando armas visíveis na Flórida

A rede de supermercados Publix anunciou que passará a permitir a entrada de clientes portando armas de fogo de forma visível em suas lojas, desde que estejam em conformidade com a lei e não causem distúrbios. A decisão segue a recente mudança na legislação da Flórida, que passou a permitir o chamado “open carry” — porte ostensivo de armas — após decisão judicial que derrubou a antiga proibição. A nova lei entrou em vigor no dia 25 de setembro de 2025.

Em comunicado oficial, a Publix afirmou que sua política de segurança seguirá “as leis estaduais e federais vigentes” e que a prioridade da empresa continua sendo “oferecer um ambiente seguro para clientes e funcionários”. A rede, no entanto, não pretende adotar restrições adicionais além do que determina a nova legislação.

A decisão da Publix contrasta com a postura de outras grandes redes varejistas, como Walmart e Sam’s Club, que mantêm a proibição de armas expostas dentro de suas lojas, citando preocupações com a segurança dos consumidores e o bem-estar de seus funcionários.

A mudança provocou reações divididas entre os moradores. Para alguns defensores do direito ao porte de armas, a medida reforça a liberdade individual e a capacidade de autodefesa. “Saber que cidadãos armados respeitam a lei me faz sentir mais seguro”, disse o morador de Orlando, Mark Stevens, em entrevista à imprensa local.

Por outro lado, parte dos consumidores afirma que a presença de armas em espaços públicos pode gerar medo e afastar clientes. “Eu não me sinto confortável comprando ao lado de alguém com uma arma na cintura”, relatou a professora aposentada Maria Lopez, de Tampa.

A Flórida, historicamente um estado com forte tradição armamentista, já havia flexibilizado o porte velado (“concealed carry”) nos últimos anos. Agora, com a liberação do porte ostensivo, especialistas em segurança pública alertam para possíveis desafios no controle de situações de risco e no treinamento adequado dos portadores.

Embora a Publix afirme que continuará monitorando a segurança em suas lojas, o debate sobre o equilíbrio entre direitos individuais e segurança coletiva promete se intensificar — especialmente em um momento em que o tema das armas volta ao centro das discussões políticas nos Estados Unidos.